Curso Nr 35 Online

Curso 100% Válido

PGR: O que é e como usá-lo no trabalho em altura 12 Jun 2023, 3:15 pm

 

O programa de gerenciamento de riscos (PGR) é uma ferramenta vital para a promoção da saúde e segurança dos trabalhadores em diversos setores econômicos. 

Só em 2022, o Brasil apresentou cerca de 612, 9 mil notificações de acidentes de trabalho. No mesmo ano, mais de 148 mil novos benefícios previdenciários foram dados. Isso mostra como existe a necessidade de prevenção. 

Entretanto, houve uma crescente conscientização sobre a importância da prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Os PGRs tornaram-se um elemento indispensável para as empresas que buscam proporcionar um ambiente de trabalho mais seguro e saudável. 

Neste artigo, exploraremos o conceito de PGR. Você vai aprender sua aplicação e as etapas necessárias para implementá-lo, 

 

O que é o PGR e quais seus objetivos?

Um programa de gerenciamento de riscos (PGR) é uma ferramenta essencial para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores no ambiente de trabalho. É aplicável a todas as empresas, independentemente do setor ou porte, e visa identificar, mapear, prevenir e controlar os riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho. 

Os principais objetivos da PGR são: 

  1. Identificar e mapear os riscos presentes no ambiente de trabalho: Trata-se de analisar diferentes tipos de riscos, como físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, entendendo sua origem e possíveis consequências.
     
  1. Estabelecer medidas de prevenção e controle dos riscos identificados: Com base na análise dos riscos, a PGR deve propor medidas de prevenção ou minimização dos riscos profissionais. Além disso, estabelece melhorias na segurança e proteção da saúde dos trabalhadores.
     
  1. Assegurar a implementação efetiva das medidas propostas: a PGR deve ser realizada de forma efetiva, com treinamento adequado de pessoal e comprometimento da empresa na implementação das medidas propostas.
     
  1. Acompanhamento e monitorização da eficácia das ações implementadas: É fundamental que a PGR inclua a avaliação contínua das ações e medidas tomadas, para garantir a sua eficácia.

De quem é a responsabilidade de implantar o PGR?

A responsabilidade pelo desenho e implementação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é da empresa. O empregador deve zelar pelo cumprimento de normas e regulamentos específicos de segurança e saúde ocupacional. 

A empresa deve contar com o apoio de profissionais especializados, como engenheiros de segurança do trabalho e médicos do trabalho, que auxiliarão na elaboração, implantação e acompanhamento do PGR. 

É importante enfatizar que a participação da equipe no processo de desenvolvimento e implementação do PGR é essencial para garantir sua eficácia. 

Além disso, a empresa deve apoiar a colaboração da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) para identificar riscos, propor soluções e monitorar as medidas implementadas.

Inventário de riscos e plano de ação

O inventário de riscos e o plano de ação são componentes importantes de um programa de gerenciamento de riscos (PGR) e têm como objetivo mapear e gerenciar os riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho.

Inventário de Risco:

O inventário de riscos é o processo de identificação e avaliação dos riscos presentes no ambiente de trabalho, classificando-os quanto à sua natureza (física, química, biológica, ergonômica e acidentária). 

Nesta etapa, é necessário coletar informações detalhadas sobre as condições de trabalho, processos produtivos e atividades realizadas pelos trabalhadores. A lista de riscos deve incluir: 

  •       Descrição das atividades e processos de trabalho.
  •       Identificação dos riscos associados a cada atividade ou processo.
  •       Avaliação da exposição dos trabalhadores aos riscos identificados, tendo em conta a frequência, duração e intensidade da exposição.
  •       Classificação dos riscos de acordo com seu potencial de causar danos à saúde e à integridade física dos trabalhadores.

Plano de ação:

Com base no inventário de riscos, a empresa deve elaborar um plano de ação que estabeleça medidas preventivas e de controle dos riscos identificados. O plano de ação deve incluir:

 

  •       Medidas específicas para eliminar ou reduzir os riscos ocupacionais.
  •       Priorização de medidas de acordo com a gravidade e urgência dos riscos.
  •       Definição dos responsáveis ​​pela implementação das ações e prazos para sua implementação.
  •       Alocação dos recursos necessários para a implementação das ações propostas.
  •       Determinação de indicadores de desempenho e metas para avaliação da eficácia das medidas implementadas.

 

NR 35 e PGR

A Norma Regulamentadora 35 (NR 35) é uma norma do Ministério do Trabalho e Emprego que estabelece requisitos mínimos e medidas de proteção para trabalhos em altura.

O trabalho em altura é definido como qualquer atividade realizada acima de 2 metros de um nível inferior onde haja risco de queda. A NR 35 é aplicável a empresas de todos os setores e tamanhos, e seu objetivo é garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que realizam atividades em altura. 

A NR 35 e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) estão intimamente relacionados. Todo trabalho em altura deve ser feito a partir de um PGR. É esse programa que descreve os riscos específicos da atividade e estabelece as medidas preventivas de controle necessárias.  

Quando o PGR estiver preparado para atividades que envolvam trabalho em altura, deve levar em consideração os requisitos estabelecidos na NR 35 e as seguintes orientações:

 

  1. Identificação e mapeamento dos riscos ocupacionais específicos do trabalho em altura, como quedas, choques elétricos e instabilidade de superfícies de trabalho.
  2. Determinação de medidas preventivas e de controle para trabalhos em altura, incluindo a seleção e uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI), sistemas de ancoragem e equipamentos de proteção coletiva (EPC).
  3. Capacitação e treinamento de trabalhadores para a realização de atividades em altura, de modo que entendam os riscos envolvidos e saibam realizar suas tarefas com segurança.
  4. Estabelecer procedimentos de emergência e resgate em caso de acidentes ou emergências em trabalhos em altura, para que os trabalhadores saibam como agir em situações de emergência.
  5. Acompanhamento e avaliação contínua das ações e medidas implementadas para trabalhos em altura com o objetivo de melhoria contínua da segurança e proteção da saúde dos trabalhadores.

Conclusão

Em síntese, o PGR é uma ferramenta para a promoção de um ambiente de trabalho seguro, principalmente para atividades que envolvam trabalho em altura. Para garantir o cumprimento das normas e a efetiva implementação das medidas preventivas e de controle previstas na NR 35, é fundamental que trabalhadores e empregadores estejam devidamente capacitados e atualizados. 

 

Permissão de trabalho : o que é e como fazer no trabalho em altura 12 Jun 2023, 2:12 pm

 

A permissão de trabalho é uma medida preventiva importante para garantir a segurança durante a execução de atividades de risco. O trabalho em altura é uma das atividades mais perigosas no mercado.  

Escadas, andaimes, telhados e chaminés, são alguns dos muitos cenários desafiadores para muitos trabalhadores. Por isso, a segurança do trabalho deve ser uma das prioridades de toda empresa que executa atividades em altura. 

Continue lendo e você vai saber como elaborar uma autorização para trabalho em altura e entender porque ela é tão importante.

O que é Permissão de Trabalho (PT) e quem emite?

Permissão de trabalho

 

A permissão de trabalho (PT) é um documento utilizado no ambiente de trabalho para garantir a segurança dos trabalhadores e de terceiros na execução de tarefas específicas que envolvam riscos potenciais. 

Este processo formal deve ser concluído antes de iniciar qualquer trabalho que envolva atividades perigosas, como trabalho em altura, soldagem, trabalho em espaços confinados, entre outros. 

O PT visa descrever as atividades específicas que serão realizadas, os riscos associados a essas atividades e as medidas de segurança necessárias para minimizar ou eliminar esses riscos. 

Além disso, identifica os meios necessários para a realização das atividades com segurança, como equipamentos de proteção individual (EPI), ferramentas especiais e treinamento específico

Esse documento geralmente é emitido pelo supervisor ou coordenador da obra e deve ser aprovado pelo engenheiro de segurança da empresa. Deve-se notar que o documento é válido apenas por um determinado período de tempo e é cancelado após a conclusão do trabalho ou no final do período especificado.

Diferença entre PT e APR

A Permissão de Trabalho (PT) e a Análise Preliminar de Risco (APR) são ferramentas que ajudam a manter os trabalhadores seguros em ambientes de trabalho perigosos. 

PT é um documento que autoriza a realização de trabalhos específicos, descreve as atividades a realizar, os riscos associados e as medidas de segurança necessárias ao seu controle. É emitido antes do início do trabalho e é válido apenas por um determinado período. 

Por outro lado, APR é uma técnica usada para identificar riscos potenciais associados a uma tarefa ou atividade. É um processo de avaliação que analisa todas as fases do trabalho, identifica possíveis perigos e os controles necessários para minimizar ou eliminar esses riscos. 

A APR é uma ferramenta preventiva que auxilia na prevenção de acidentes e lesões durante a execução do trabalho.

Quais os tipos de Permissão de trabalho?

Existem diferentes tipos de autorizações de trabalho (PT) previstas em normas regulamentadoras (NR) específicas, cada uma com as suas especificidades. Abaixo listamos os principais tipos de PTs e suas respectivas NRs: 

  •     PT para trabalho em altura: NR 35 – Trabalho em altura;
  •     PT para Trabalho a Quente : NR 34 – Condições de Trabalho e Meio Ambiente na Indústria de Construção e Reparação Marítima;
  •     PT para espaços confinados: NR 33 – Segurança e proteção à saúde no trabalho em espaços confinados;
  •     PT para trabalhos com eletricidade: NR 10 – Segurança em instalações e serviços elétricos;
  •     PT para trabalho com máquinas e aparelhos: NR 12 – Segurança no trabalho com máquinas e aparelhos;
  •     PT para trabalhos a frio: NR 36 – Segurança e proteção da saúde no trabalho em matadouros e processamento de carnes e subprodutos.

O que deve ser observado na elaboração da PT?

Ao elaborar uma permissão de trabalho (PT), é necessário observar alguns pontos importantes: 

Antes de iniciar o trabalho, é essencial avaliar os riscos associados à tarefa atribuída, selecionar equipamentos de proteção individual (EPI) adequados, identificar os recursos necessários, treinar trabalhadores, obter aprovação, distribuir cópias do PT e verificar as condições de trabalho. 

No desempenho da tarefa, deve-se seguir as instruções descritas no PT, inspecionar regularmente as condições de trabalho, usar o EPI adequado e relatar quaisquer problemas ou problemas relacionados à segurança. 

Também é importante controlar os riscos associados à tarefa e acompanhar o tempo para garantir que a tarefa seja concluída dentro do período de validade do PT. 

Após a conclusão do trabalho, é preciso verificar as condições de trabalho, concluir o PT, registrar as informações relevantes, avaliar a eficácia do PT, limpar e manter os equipamentos e ferramentas e registrar adequadamente o PT juntamente com outras informações relevantes. 

Esses pontos são importantes para garantir a segurança dos trabalhadores e terceiros envolvidos em atividades perigosas no local de trabalho. O PT é um documento que deve ser tratado com seriedade e responsabilidade, garantindo a segurança e eficácia das tarefas executadas.

NR 35

A NR-35 é uma norma regulamentadora que descreve como devem ser realizados os trabalhos em altura. Ela estabelece a necessidade de medidas de proteção contra quedas. A norma serve também como um auxílio para o planejamento das atividades em altura. 

Uma vez que a segurança exige treinamento e planejamento, as empresas encontram na NR 35 um apoio muito importante. 

A norma também aponta as obrigações da empresa, como garantir a análise de riscos, emitir autorizações para trabalhos em altura quando necessário, garantir as condições necessárias para operação e fiscalizar a implantação das medidas especificadas na NR-35. 

O disposto na NR-35 são as obrigações que o empregador deve cumprir para poder realizar trabalhos em altura com segurança. É importante garantir que as autorizações para trabalho em altura sejam emitidas de forma eficiente e sob supervisão. 

O trabalhador tem ainda obrigações

  • cumprir as disposições legais e procedimentos estabelecidos pela empresa em trabalhos em altura;
  • cooperar com empregador na implementação de medidas de segurança;
  •  zelar pela sua própria saúde e pela segurança e saúde dos seus colegas durante a execução do trabalho.

Quem precisa da PT no trabalho em altura ?

Atualmente, todos os trabalhadores que exercem atividades acima de 2 metros de altura necessitam de PT.

 

No entanto, nem todos têm acesso a atividades em altura. Para isso, a parte teórica do curso pode ser realizada via ensino a distância (EAD). 

Por outro lado, o treinamento prático pode ser realizado presencialmente, pois o trabalho em altura apresenta perigos e riscos que devem ser simulados e testados para garantir a segurança do trabalhador. 

No entanto, é importante lembrar que o trabalhador tem o direito de recusar o trabalho em altura se não se sentir confortável em trabalhar em altura. É preciso respeitar o limite do trabalhador para garantir sua segurança e bem-estar no ambiente de trabalho.

Análise de riscos no trabalho em altura 

Uma das obrigações do empregador é analisar os riscos associados ao trabalho em altura antes de iniciar as atividades. Mas como é feita essa análise? 

Em geral, além da autorização para trabalho em altura, é necessário levantar algumas informações sobre esse tipo de operação. Então, para coletar esses dados, responda às perguntas abaixo: 

  •     Onde o trabalhador vai trabalhar?
  •     Há isolamento e sinalização?
  •     O que são pontos de ancoragem do trabalhador e onde estão localizados?
  •     Já olhou a previsão do tempo?
  •     A empresa forneceu gratuitamente os EPC e EPIs necessários?
  •     Ferramentas e materiais podem cair?
  •     O trabalho pode sofrer com obstáculos?
  •     Os trabalhos paralelos podem atrapalhar?
  •     Como será feita a fiscalização do trabalho em altura?
  •     Algum tipo de sistema de comunicação? Se sim, qual?

 

Claro que existem outras informações interessantes, mas seguir as orientações acima facilitará muito o seu trabalho. 

Portanto, é necessário estar atento a possíveis eventos extraordinários que o trabalho em altura pode gerar. É ideal oferecer os primeiros socorros logo após uma situação de risco.

Como emitir uma PTA?

Para emitir uma PTA (Permissão para Trabalho em Altura), várias etapas devem ser seguidas: 

  •     Identificar as atividades de trabalho em altura que precisam ser realizadas;
  •     Realizar uma Análise de Risco (RA) da atividade ou tarefa a ser executada;
  •     Selecionar os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários ao desempenho seguro das atividades;
  •     Treinar trabalhadores envolvidos em atividades em altura;
  •     Obter a aprovação PT do responsável pela segurança da empresa;
  •     Distribuir percursos PT às pessoas envolvidas na realização de atividade em altura;
  •     Iniciar a atividade em altura conforme descrito no PT;
  •     Monitorar continuamente o desempenho do trabalho em altura e controlar as condições de trabalho;
  •     Após concluir a atividade em altura, feche o PT e certifique-se de que todas as cópias foram devidamente coletadas e arquivadas.

 

Seguindo essas etapas, é possível emitir PTAs eficazes e garantir a segurança dos trabalhadores envolvidos em trabalhos perigosos em altura.

Conclusão

Entender como fazer uma Permissão de Trabalho é essencial em vários segmentos econômicos. Além de ser uma exigência das normas regulamentadoras, ela garante a que o trabalho pode ser feito com segurança. Já a NR-35 é uma norma regulamentadora de extrema importância para a segurança do trabalho em altura. Define os requisitos mínimos para proteger a integridade física dos trabalhadores envolvidos em atividades dessa modalidade. 

Seguindo a NR-35, é possível prevenir acidentes graves que podem afetar a saúde e a vida dos colaboradores. 

Portanto, é fundamental que as empresas implementem as medidas de segurança exigidas pela norma e também ofereçam treinamento adequado aos seus funcionários. 

 

PCMSO: O que é e como fazer 1 Jun 2023, 3:57 pm

 

O PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) é uma exigência trabalhista que contribui para a saúde do trabalhador. Ele é regulamentado pela Norma Regulamentadora 7 (NR 7), ou seja, é obrigatório. 

Neste artigo, abordaremos o que é PCMSO, como ele deve ser colocado em prática nas empresas e sua ligação com a NR 35.

PCMSO
Doctor writing a medical report in hospital corridor

O que é o PCMSO?

O PCMSO tem como objetivo prevenir, detectar e combater possíveis riscos à saúde dos colaboradores.

Para isso, o médico da organização precisa realizar avaliações da saúde do funcionário ao longo da sua jornada, desde a admissão até o desligamento. Mas se a empresa não tiver um médico, ela pode contratar um profissional terceirizado especificamente para o PCMSO.

Diferença entre PPRA e PCMSO

É muito comum confundir as ações de medicina e segurança do trabalho com as de saúde corporativa.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) trabalha possíveis riscos no ambiente ocupacional, como um alto nível de ruído, luminosidade excessiva, sobrecarga de trabalho, entre outros. Ele é regulamentado pela NR 9 e não envolve exames médicos, mas análises de fatores ambientais, como:

  •     Condições ergonômicas dos postos de trabalho;
  •     Impacto de agentes físicos, químicos e biológicos na atividade ocupacional;
  • Risco de acidentes.

O que determina a NR 7 do PCMSO?

A NR 7 estabelece as principais obrigações do empregador em relação ao PCMSO. Entre elas estão:

  •     Custear todos os procedimentos envolvidos no PCMSO.
  •     Indicar um médico coordenador para ser responsável pela execução do programa. Exceto se a empresa cumprir a estratificação de risco da NR 4, que desobriga a função de coordenação.
  • Realizar todos os exames necessários do programa, que são: admissional, periódico, retorno ao trabalho, mudança de função e demissional.

 

 

 

Além disso, o médico-coordenador do programa, junto com a equipe, deve criar um planejamento com as ações de saúde que serão executadas durante o ano. É o chamado relatório anual.

Nesse relatório, deve constar os setores da empresa, os tipos de exames médicos, as estatísticas dos resultados anormais e o planejamento para o ano seguinte.

Também é recomendável discutir esse documento com a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).

Caso a empresa não tenha essa comissão, conforme a NR 5, basta armazenar o relatório na forma de arquivo informatizado para que um agente de inspeção consulte o documento. Inclusive, o registro do PCMSO só pode ser descartado após 20 anos do desligamento do colaborador.

Como funciona o programa?

A análise e o monitoramento da saúde dos trabalhadores, como já explicamos, é parte essencial do PCMSO. Mas ele também serve para combater fatores que possam prejudicar o bem-estar dos colaboradores.

Assim, se o médico encarregado do programa identificar que determinado funcionário apresentou alteração no seu estado de saúde — mesmo sem sintomas — ele deverá:

  •     Solicitar à empresa a emissão do CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).
  •     Indicar, caso necessário, o afastamento do colaborador da exposição ao risco ou do trabalho.
  •     Encaminhar o trabalhador à Previdência Social para investigação da causa do dano à saúde, avaliação de incapacidade e realização da conduta previdenciária para o caso.
  • Orientar o empregador quanto à adoção de medidas de controle de risco no local que afetou a saúde do colaborador, dialogando, assim, com o PPRA.

Vale pontuar que a NR 7 também aborda a necessidade de um kit de primeiros socorros na empresa. Ele deve ser adequado à natureza do trabalho exercido no local e deve haver também uma pessoa treinada para utilizá-lo, caso necessário.

A partir de quantos funcionários é preciso ter PCMSO?

A lei não declara um número mínimo de colaboradores para a realização do PCMSO. Assim, basta haver pelo menos um trabalhador em regime CLT na empresa para que o programa seja exigido.

Como são feitos os exames?

O PCMSO inclui entrevistas, exames de estado mental e avaliações complementares, como teste de função pulmonar, funções auditivas, e por aí vai. Veja em detalhes em quais momentos os exames devem ser solicitados.

 

 

Exames obrigatórios

 

  •     Admissional: antes do colaborador iniciar suas atividades na empresa.
  •     Periódico: será realizado em intervalos de tempo correspondentes às características do trabalhador. Por exemplo, a cada 12 meses ou menos para portadores de doenças crônicas e a cada 24 meses para funcionários saudáveis entre 18 e 45 anos de idade.
  •     Retorno ao trabalho: caso um colaborador se afaste por doença ou acidente, de trabalho ou não, por pelo menos 30 dias. É útil para avaliar se ele está apto a voltar para o seu cargo. Também vale para funcionárias gestantes que finalizaram a licença maternidade.
  •     Mudança de função: antes do trabalhador mudar sua atividade ocupacional, posto de trabalho ou setor, caso os riscos e os fatores ambientais também sejam alterados. Exemplo: colaborador que atuava no escritório, mas que mudou de área e passará a dirigir um dos carros da empresa.
  • Demissional: até 10 dias úteis a partir do término do contrato.

O que é ASO?

Para cada um desses exames que citamos, o médico deverá elaborar um ASO (Atestado de Saúde Ocupacional) em duas vias: uma para a empresa e outra para o colaborador. No documento, deve estar registrado:

  •     Nome completo do colaborador, com seu número de identidade e função na empresa.
  •     Riscos ocupacionais existentes.
  •     Exame que realizou e data da realização.
  •     Nome do médico coordenador, com o número de inscrição no CRM (Conselho Regional de Medicina).
  •     Identificação “apto” ou “inapto” de acordo com sua função.
  • Nome do médico que realizou o exame, uma informação de contato dele e carimbo com o registro no CRM.

PCMSO e NR 35

A NR 35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, considerando a prevenção de acidentes e o risco de quedas.

É essencial que o PCMSO leve em conta as especificidades do trabalho em altura para garantir a saúde e a segurança dos colaboradores que atuam nessas condições.

Conclusão

O PCMSO, como vimos, é mais do que uma obrigação trabalhista. Apesar de processos tão detalhados, com elaboração de relatórios e atualizações, o objetivo do programa é cuidar dos funcionários e ainda reduzir custos da empresa.

Além disso, a conexão com a NR 35 garante a segurança dos colaboradores que atuam em altura, prevenindo acidentes e promovendo um ambiente de trabalho mais saudável e seguro.

DDS: O que é, sua importância e como fazer  1 Jun 2023, 10:31 am

 

O DDS (Diálogo Diário de Segurança) é uma ferramenta essencial para conscientizar e promover a segurança no ambiente de trabalho, especialmente em setores de risco como o offshore e áreas industriais.

 

O DDS tem como objetivo informar o trabalhador sobre procedimentos de segurança e medidas de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

 

Este artigo discutirá o que é o DDS, sua importância, como realizá-lo e a relação entre DDS e a Norma Regulamentadora 35 (NR 35).

O que é o DDS?

DDS

 

O Diálogo Diário de Segurança é uma conversa rápida e objetiva, com duração de 5 a 20 minutos, realizada antes do início do expediente.

O DDS visa despertar nos colaboradores uma consciência maior dos colaboradores. É o momento de repensar suas atividades, com a intenção de priorizar a segurança e a saúde. 

Durante o DDS, são examinados temas como a prevenção de acidentes de trabalho, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Coletiva (EPCs), e a importância do cumprimento das normas de segurança protegidas pela empresa e pela legislação.

Segundo o artigo “Praticando uma Engenharia Mais Segura: SEGURANÇA DO TRABALHO: ALÉM DA TÉCNICA”, temos uma boa definição dos objetivos do DDS:

 

“Como todo programa de prevenção tem objetivos claros, os objetivos do DDS, que segundo Neto (2011) deve conscientizar o funcionário antes mesmo de iniciar as atividades laborais, informando sobre procedimentos de segurança que devem ser adotados por todos os trabalhadores.”

 

Seus autores complementam:

 

“Também ajudam a: aproximar e inteirar os encarregados e seus empregados, diversificar a transmissão do conhecimento referente os diversos assuntos de segurança, meio de trabalho e saúde, formar meios seguros para a execução de cada atividade e ensinar meios de se prevenir de acidentes.”

Por que o DDS é importante para a Segurança do Trabalho?

A falta de conhecimento e conscientização da segurança no trabalho, compromete a integridade dos trabalhadores. Em consequência, o índice de acidentes e doenças ocupacionais aumenta.  

Dessa forma, o DDS tem um papel importante na prevenção de acidentes e na promoção da saúde dos trabalhadores.

Além disso, o DDS ajuda a criar um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo, uma vez que aumenta a satisfação dos funcionários.

Como realizar um DDS eficiente?

Para implementar um DDS eficiente, é importante seguir algumas dicas:

  • Estabeleça uma periodicidade adequada : O DDS pode ser diário.  Mas é possível encontrar uma periodicidade mais adequada para a necessidade e de cada ambiente de trabalho.

 

  • Seja rápido e objetivo : O DDS deve ser rápido, não ultrapassando os 20 minutos de duração. Foque nos pontos mais relevantes e utilize uma linguagem clara e envolvente.

 

  • Incentive a interação e participação dos colaboradores : Deixe claro a importância da participação de todos. Incentive os trabalhadores expor suas opiniões e sugestões, criando um ambiente aberto e colaborativo.

 

  • Escolha temas relevantes e atuais : Aborde temas de interesse para os colaboradores, relacionados à segurança, saúde e bem-estar no trabalho. Utilize exemplos e situações reais para ilustrar os assuntos discutidos.

 

  • Registre e acompanhe os DDS realizados : Anote os temas abordados em cada encontro, evitando repetições Em seguida, faça uma lista de presença contendo dados, duração, local e número de participantes. Essa prática está de acordo com a NR-1 e auxilia no controle e acompanhamento das ações de segurança realizadas.

A relação entre o DDS e a NR 35

A Norma Regulamentadora 35 (NR 35) estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura. A norma  envolve planejamento, organização e execução de atividades de acordo com parâmetros de segurança. 

A NR 35 tem como objetivo garantir a segurança e saúde dos trabalhadores que realizam atividades acima de 2 metros de altura, onde haja risco de queda.

Por isso, o DDS é uma ferramenta importante para abordar temas relacionados à NR 35.  Ele conscientiza  o trabalhador sobre os riscos do trabalho em altura e as medidas de prevenção e proteção necessárias. Além disso, por ser periódico, reforça e relembra pontos essenciais que com o tempo, e com a rotina, são deixados de lado. 

Não adianta dar o treinamento e deixar os colaboradores sem assistência. As medidas de segurança precisam ser reforçadas constantemente. 

Conclusão

Em suma, o DDS é uma ferramenta essencial para promover a segurança no ambiente de trabalho e conscientizar os colaboradores sobre a importância de seguir as normas e procedimentos, como a NR 35.

Ao realizar um DDS eficiente e investir em treinamento qualificado, é possível reduzir o número de acidentes de trabalho e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.

O que é talabarte de segurança e posicionamento? 23 May 2022, 10:01 am

Se você trabalha em altura, ter segurança é uma prioridade na sua rotina. Mas será que só o cinto de segurança é o suficiente para sua proteção individual? O talabarte de segurança é um Equipamento de Proteção Individual – EPI essencial para o uso do cinto no trabalho em altura. Conectado ao cinto, como uma extensão dele, e a um ponto de ancoragem, a proteção contra queda é garantida. Você sabe o que é um talabarte de segurança e posicionamento? Acompanhe o artigo e saiba tudo sobre talabarte e sua importância para a segurança do trabalho.

soldador-de-acesso-por-corda-industrial-trabalhando-em-altura-usando-equipamento-de-seguranca-de-capacete-de-arnes-inspecao-de-acesso

O que é um talabarte de segurança 

O talabarte é um equipamento que fica conectado no cinto de segurança tipo paraquedista. Ele prende o trabalhador e um ponto de ancoragem, para reter a queda ou dar mais segurança no posicionamento. 

3 Tipos de talabarte 

Existem 3 tipos de talabarte que são mais comuns: simples, duplo e de posicionamento. Todos eles ficam presos no cinto de segurança tipo paraquedista, e a um ponto de ancoragem. 

Talabarte simples (I)

Esse modelo de talabarte é mais leve, e por isso dá mais conforto ao trabalhador. Ele é mais indicado a atividades que não precisam de deslocamento, pois tem apenas uma alça, permitindo conexão com um ponto de ancoragem apenas.

Talabarte-em-I-Elástico-com-ABS-gancho-55-mm

Talabarte duplo (Y)

O talabarte duplo é um modelo com duas alças, que funciona como talabarte sim, mas com dupla ancoragem. Dessa forma, o trabalhador consegue se deslocar com facilidade. 

Esse modelo oferece mais segurança ao trabalhador em atividades com movimentações verticais ou horizontais. O modelo simples (I) restringe um pouco a movimentação do trabalhador em algumas atividades.

Talabarte-em-Y-Elástico-com-ABS-gancho-55-mm

Talabarte de posicionamento

O talabarte de posicionamento tem uma função específica. Ele funciona como um dispositivo que permite um posicionamento adequado para o trabalhador realizar o trabalho em altura. É ele que mantém o trabalhador fixo e permite que ele fique com as mãos livres durante a atividade. 

Usar o talabarte de posicionamento não dispensa o uso dos outros talabartes, como o duplo, por exemplo. Isso porque o talabarte de posicionamento não retém a queda, e nem permite muitas movimentações. 

Esse modelo é formado por corda ou fita de material resistente (nylon, poliamida ou poliéster), ganchos de travas, e um regulador do comprimento da fita.

Talabarte-em-Corda-de-Posicionamento

Como usar o talabarte? 

O talabarte é um dispositivo que funciona junto com o cinto de segurança tipo paraquedista. 

Ele se conecta no trabalhador e em um ponto de ancoragem no local onde vai ser realizado o trabalho.

 Você conecta o talabarte às duas argolas de fixação que estão nas laterais do cinto, e o ideal é que o gancho do regulador seja preso a uma das argolas do cinto. 

Atenção: a conexão do talabarte ao cinto deve ser realizada em solo para evitar acidentes. Com auxílio do trava quedas, outro EPI essencial, o trabalhador pode se conectar à estrutura que vai trabalhar.

 Ele deve soltar o mosquetão, ou gancho diverso do regulador, e em seguida deve envolver a estrutura pelo corpo do talabarte de posicionamento. Já o gancho que foi solto se conecta à segunda argola lateral do cinto. 

Como se posicionar com o talabarte 

O posicionamento é feito em referência à distância adequada entre o trabalhador e a ancoragem. O trabalhador deve puxar a alavanca de regulagem e projetar seu peso no sentido do talabarte. 

Para se aproximar, fazendo o movimento inverso, a tensão do peso do trabalhador deve ser aliviada. Depois basta puxar a ponta da corda e projetar um ângulo de 90 graus.

Qual a diferença entre o talabarte de segurança e posicionamento e o trava queda? 

O trava queda é um equipamento de retenção de queda que também é conectado ao cinto de segurança e ao ponto de ancoragem. Como o nome já diz, ele funciona como um dispositivo que impede a queda, caso aconteça algum desequilíbrio. 

O talabarte também é um dispositivo que retem a queda. Mas quando o trabalhador escorrega em uma atividade, por exemplo, o trava queda impede a queda imediatamente. Já o talabarte trava a queda depois de um tempo. Dessa forma, a distancia entre a queda e o momento da retenção é maior. 

Outra diferença é que o talabarte também tem a função de permitir o deslocamento do trabalhador durante as atividades. Por ele ter um comprimento de folga entre o cinturão de segurança e o ponto de ancoragem, o trabalhador pode se movimentar com segurança. 

Como escolher um talabarte? 

A escolha de um EPI deve ser feita com respaldo técnico e muito critério. Todo talabarte deve ter Certificado de Aprovação válido, que atesta a qualidade do equipamento. Você pode consultar pelo site do Ministério do Trabalho AQUI

Além disso, é preciso conhecer as especificidades da atividade. Qual distância você precisa tomar da estrutura para fazer seu trabalho? Você precisa de uma fita mais extensa ou mais curta? São perguntas que auxiliam na escolha do equipamento adequado. 

Considerar a resistência do equipamento também é essencial para garantir a segurança. No caso da corda, por exemplo, é preciso avaliar se ela tem uma capa protetora de tecido sintético para ajudar a prolongar sua vida útil. Também é necessário considerar o peso e tipo físico do trabalhador. 

A importância do talabarte para o trabalho em altura

O risco de queda é uma possibilidade diária para quem trabalha em altura. Mas é possível trabalhar de forma segura, e sair ileso no fim do expediente. Além do planejamento e mapeamento dos riscos e das medidas de prevenção, o trabalhador pode contar com equipamentos que garantem a segurança na hora da ação. 

Como vimos, o talabarte é aquele equipamento que garante uma conexão com um ponto seguro. O trabalhador pode fazer o que for preciso com segurança, sem aquela tensão que o risco da queda provoca naturalmente. 

Dessa forma, buscar conhecer e se capacitar em todas as regulamentações do trabalho em altura é a primeira medida de prevenção. 

A NR35 é a norma regulamentadora que o Ministério do Trabalho criou para estabelecer os parâmetros para um trabalho em altura seguro. Além do caráter obrigatório, a aplicação da norma garante segurança a todos os envolvidos nas atividades em altura. 

Ela também determina um treinamento, de no mínimo 8 horas, que capacita o trabalhador com técnicas de análise de risco, aplicação de medidas de prevenção e no uso de Equipamentos de Proteção Individual e Coletivos.  

Agora você já sabe o que é um talabarte de segurança e posicionamento e o quanto ele é um Equipamento de Proteção Individual que garante sua segurança no trabalho em altura.

O que é Epc? 8 Exemplos e suas funções 19 May 2022, 2:21 pm

O Ministério do Trabalho registrou em 2021 uma média de 1.1159 acidentes de trabalho por dia. Sem contar nos acidentes que não são registrados. Mas como criar um ambiente de trabalho seguro para toda equipe? O Equipamento de Proteção Coletiva – EPC, é “essencial” quando o assunto é segurança no trabalho. Você sabe o que é EPC? Nesse artigo você vai conhecer a sua importância e 8 exemplos de EPC.

O que é um EPC?

Os Equipamentos de Proteção Coletiva são dispositivos que diminuem os riscos do ambiente de trabalho. O objetivo é proteger a integridade física de todos os colaboradores, promovendo segurança enquanto eles trabalham. 

O EPC pode ser fixo ou móvel, instalado no local de trabalho, e oferece proteção para mais de um trabalhador ao mesmo tempo. Além disso, alguns modelos de EPC servem como sinalizadores de perigos em áreas demarcadas. 

Por que o uso de EPC é importante?

O Brasil é o segundo país do G20 no ranking de mortes no trabalho. Mas muitos acidentes poderiam ser evitados se houvesse uma atenção maior às medidas de controle e prevenção de risco. 

Entre as medidas de prevenção e controle dos riscos, os Equipamentos de Proteção Coletiva é um sistema coletivo de proteção. Além do baixo custo, e do benefício a longo prazo, as condições de trabalho melhoram, e o índice de acidentes de trabalho diminui. 

Quem é responsável por fornecer o EPC?

TRABALHADORES COM EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

De acordo com a NR1, é responsabilidade do empregador minimizar os riscos e implementar medidas de proteção coletiva. 

Já a NR4, sobre os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ( SESMT), determina que os profissionais da área de Segurança e Saúde do Trabalho são responsáveis por avaliar, reduzir ou eliminar os riscos do ambiente de trabalho. Para isso, medidas de prevenção devem ser adotadas, incluindo o uso dos Equipamentos de Proteção Coletiva. 

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) tem intenção de avaliar e promover ações de prevenção dos riscos no trabalho. A NR9 é a norma regulamentadora que determina a obrigatoriedade do PPRA. 

O item 9.3.5.4 da NR9, determina que as empresas devem dar prioridade aos Equipamentos de Proteção Coletiva, deixando os Equipamentos de Proteção Individual apenas quando os EPC´s não foram suficientes. 

A NR9 também determina uma hierarquia na implantação das medidas de proteção coletiva. Em primeiro lugar, as medidas que eliminam a formação de agentes prejudiciais à saúde devem. Em segundo, as estratégias de prevenção para que esses agentes não sejam disseminados no ambiente de trabalho. E em terceiro lugar, medidas que reduzem a concentração desses agentes no ambiente. 

A empresa que não se adequa às determinações das normas regulamentadoras está sujeita a multas e penalidades. Do mesmo modo, em caso de acidente de trabalho, a empresa é responsabilizada judicialmente. 

Caso a empresa não ofereça as medidas de proteção coletiva adequadas ao trabalhador, ele pode denunciá-la ao Ministério do Trabalho. Se a empresa tiver uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), a denúncia pode ser feita diretamente a ela. Agora que você sabe o que é EPC, saiba também o que é EPI:

Diferença de EPC e EPI 

Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, são dispositivos de uso individual dos colaboradores. Diferente do EPC, que são equipamentos de proteção coletivos. 

Mas como saber quando usar o EPC ou EPI? 

Segundo a NR9, quando o empregador comprovar que as medidas de proteção coletiva não são suficientes, estando ainda na fase do planejamento, o EPI pode ser usado como uma medida de prevenção. Ou seja, o EPC tem prioridade

Tipos de EPC: 8 exemplos 

Cada ambiente de trabalho tem fatores de risco específicos. Da mesma forma, o tipo de EPC varia de acordo com o ambiente. A lista é longa. Mas elencamos 8 dos principais tipos de EPC´s. 

A sinalização é uma série de indicações e símbolos com o objetivo de orientar, proibir e direcionar alguma ação. São importantes para demarcar os lugares delimitados para os trabalhadores, evitando o fluxo de circulação de pessoas. 

 

  • Sistema de proteção de concretagem

Equipes que trabalham no processo de montagem do assoalho, concretagem de lajes e vigas, usam esse sistema para a segurança contra quedas acidentais. 

 

  • Sensores de presença;

O sensor de presença identifica o movimento e aciona um circuito para ligar aparelhos e lâmpadas no local. 

 

  • Sistema de Iluminação de Emergência.

Esse sistema permite que o trabalho continue caso haja falta de energia no local de trabalho. 

 

  • Cavaletes de sinalização

Dispositivo de uso temporário para interditar e alertar o fluxo de pessoas. Pode indicar perigo no local, ou restrições específicas.

 

  • Sistema de Ventilação e Exaustão;

Tem a função de trocar o ar do ambiente, removendo o ar quente represado, e liberando o ar fresco, auxiliando no conforto térmico

 

  • Proteção contra ruídos e vibrações

Usar protetores auriculares é importante para proteger a audição em ambientes de ruídos excessivos. 

 

  • Extintor de incêndio 

Equipamento de combate a princípio de incêndio.

EPC e trabalho em altura 

No Brasil, 40% dos acidentes de trabalho envolvem queda. Trabalhar em altura é inevitavelmente se expor ao risco de queda. Dessa forma, os Equipamentos de Proteção Coletiva desempenham uma função essencial na segurança do trabalho em altura.

TRABALHADORES EM LOCAL ALTO

 

No trabalho em altura, não é só os trabalhadores que ficam nas alturas que precisam de proteção. Pode acontecer, por exemplo, que alguma ferramenta caia durante a atividade e machuque seriamente uma pessoa que anda pelo local. Nesse caso, é importante que alguns Equipamentos de Proteção Coletiva sejam instalados no ambiente de trabalho, como: 

  • Grade metálica dobrável

Para sinalizar e isolar áreas de trabalho, como poços, entradas subterrâneas, situações parecidas.

  • Cone de sinalização

Para advertir, sinalizar, e delimitar áreas de riscos, orientando o fluxo de pessoas. 

 

  • Tela protetora contra quedas

Para limitar a queda, são fixadas debaixo das áreas de trabalho em altura, para recolher pessoas e objetos que possam cair durante a atividade. 

 

  • Guarda-corpo e rodapé para trabalhos em andaimes

Eles garantem o fechamento seguro das aberturas dos andaimes 

Como escolher um EPC adequado? 

Fornecer os EPC não é suficiente para promover a segurança de toda equipe. Antes de começar a usar os equipamentos é essencial que os colaboradores sejam instruídos com treinamento adequado. 

Ter o EPC mas não saber usá-lo da maneira correta não resolve muita coisa. É responsabilidade do empregador disponibilizar todos os EPC´s necessários, como também o treinamento que habilita os colaboradores a usá-los. 

De acordo com a NR 35, todos os profissionais que trabalham em altura superior a 2 metros acima do solo precisam receber treinamento específico

A escolha de um EPC deve ser feita com técnica e critérios. O fornecedor do equipamento precisa ser de confiança, e é preciso estar ciente de todas as normas de segurança que regulamentam o uso do EPC. 

Além disso, os equipamentos devem ter o Certificado de Aprovação, e estar dentro do prazo de validade. Observe também se os materiais do equipamento são de qualidade.

Como perder o medo de altura 18 May 2022, 8:39 am

O medo de altura parece simples, mas ele pode te impedir de fazer muita coisa. Trabalhar em altura, saltar de paraquedas, ou até mesmo andar de elevador. Você já pensou quantas experiências legais você pode perder por ter medo de altura? É natural sentir aquele frio na barriga quando se olha para baixo em um prédio de quinze andares, por exemplo. Mas o medo de altura em excesso também pode ser uma fobia que provoca sensações paralisantes. Nesse artigo você vai saber como perder o medo de altura. 

Acrofobia: medo de lugares altos  

Acrofobia é o nome científico para o medo excessivo de altura. Ela é classificada como um tipo de transtorno de ansiedade. O medo de altura é natural. Mas quem tem acrofobia experimenta sensações de medo excessivo e desproporcional. Mesmo em atividades simples, como subir escadas, o medo irracional pode desencadear uma série de sintomas físicos e psicológicos. 

Em casos mais brandos, você pode sentir tremores, enjoo ou tontura, sudorese, falta de ar, e até mesmo um aperto no peito que pode ser similar a uma taquicardia. 

Além disso, sentimentos de extrema ansiedade e pânico podem acompanhar o acrofóbico quando ele é exposto a lugares altos. 

 

O que causa o medo de altura?

trabalhadores dando manutenção em local alto

Nosso corpo tem sensores que alertam o cérebro sobre as situações de perigo. Mas para as pessoas que possuem medo de altura, esse alerta é mais intenso.

Dessa forma, mesmo sem um perigo real, a pessoa pode se sentir extremamente desconfortável. Em alguns casos, o medo excessivo é reflexo de alguma experiência traumática vivida na infância, ou em algum acidente. Nosso cérebro registra situações passadas de perigo, e quando experimentamos algo parecido, ele recupera a memória e o corpo reage em defesa. 

O diagnóstico de acrofobia é feito por um profissional da psicologia ou psiquiatria. Ele avalia na consulta o quanto o medo do paciente interfere nas tarefas que o paciente precisa realizar, atrapalhando o andamento da sua vida. 

Como tratar a fobia de altura?

Após o diagnóstico de fobia confirmado por especialista, o tratamento pode incluir uma série de técnicas como a terapia e também o uso de medicamentos relaxantes. 

Mas existem outras medidas práticas que podem ajudar a desenvolver uma confiança maior diante do medo. Imagine só: poder fazer inúmeras coisas, com liberdade e espontaneidade, que antes você não conseguia fazer por causa do medo de altura?

Se o seu trabalho envolve alguma atividade em altura, por exemplo, você perde oportunidades profissionais e financeiras. 

Mas, como perder o medo de altura?  Vamos te dar algumas dicas práticas agora 

Aceite e compreenda seu medo

A terapia é essencial para compreender a origem da sua relação com altura e ressignificar acontecimentos traumáticos. Aceitar sua vulnerabilidade é o primeiro passo para diminuir a ansiedade. Com paciência você consegue entender quais os gatilhos da sua fobia

Se Prepare antes de qualquer exposição a altura 

Se você sabe que vai enfrentar alguma situação que vai te expor à altura, programe-se. Tente saber mais sobre o local, ou atividade. Faça alguma atividade relaxante e mantenha sua mente tranquila. 

Se exponha aos poucos

É importante enfrentar o medo, mas enfrentá-lo aos poucos. Respeite seus limites, mas não deixe o medo te paralisar. Você não precisa enfrentar grandes alturas. Vá aos poucos. Vença um desafio por vez e gradualmente você vai se acostumar com a sensação de estar em um lugar mais alto. 

Tire alimentos estimulantes da sua alimentação

Alguns alimentos têm substâncias altamente estimulantes. Isso quer dizer que ingeri-los pode aumentar sua energia e te deixar mais propenso à ansiedade. Cafeína, alimentos com alto teor de açúcar e bebidas estimulantes, podem reforçar os sentimentos de medo. 

Procure ajuda 

Pedir ajuda não é fraqueza. Ninguém consegue alcançar seus objetivos sozinho. Dividir o problema com um amigo que entenda, traz conforto e calma.

Além disso, procurar um profissional qualificado é o ideal para identificar os gatilhos da fobia. Dessa forma, é possível encontrar meios práticos de superar o medo de forma saudável.

 

Trabalho em altura x fobia de lugares altos  

trabalhador em guindaste alto

Toda atividade feita acima de 2 metros do solo é considerado trabalho em altura e precisa ser regulamentado. A norma regulamentadora NR35 é responsável por estabelecer as diretrizes para um trabalho em altura seguro. 

No Brasil, 40% dos acidentes de trabalho envolvem altura, por isso, o medo de trabalhar em altura é bem real. Mas esse medo pode ser reduzido com o suporte que as medidas de Segurança do Trabalho oferecem. 

O Ministério do Trabalho criou normas regulamentadoras para a gestão de procedimentos em vários segmentos econômicos. Elas garantem que todos os processos sejam feitos de forma segura, preservando a integridade física dos colaboradores. 

Trabalhar em altura é viver diariamente a tensão de estar exposto a quedas. Mas se você tem uma série de medidas de prevenção e controle de acidentes, a tensão diminui. Para isso, o treinamento NR 35, além de mostrar a aplicabilidade da norma, te garante segurança emocional e física para concluir seu trabalho. 

Como o treinamento NR35 te dá mais segurança no trabalho em altura?

A norma determina que o treinamento deve ser obrigatório para todo trabalhador que exerce atividade acima de 2 metros do solo. O treinamento é ministrado por um profissional tecnicamente habilitado, que dá orientações teóricas e práticas em uma carga horária mínima de 8 horas. 

Dentro do conteúdo programático, são abordados tópicos essenciais para implementar um processo seguro de trabalho. Esse conhecimento dá respaldo para o profissional trabalhar com segurança, superando o medo de altura. 

No treinamento você vai aprender: 

Como fazer uma análise de Risco: Uma ferramenta que você pode usar para identificar os riscos com antecedência, observando as condições do local e o grau de risco da atividade. 

Implementar Medidas de controle: Após um mapeamento dos riscos, medidas de controle dos riscos e procedimentos de prevenção são abordados para minimizar e eliminar os riscos. 

Procedimentos de prevenção dos riscos e como usar os Equipamentos de proteção individual e coletiva: Você vai conhecer todos os procedimentos necessários para o trabalho em altura e os equipamentos que precisam ser usados para desenvolver a atividade em segurança;

Como agir em situações de emergência: O treinamento também te prepara para reagir em situações de emergência, com treinamento em primeiros socorros. 

Todo esse treinamento vai te deixar mais seguro para superar o medo de altura, caso precise realizar alguma atividade acima de 2 metros do solo. 

O que significa Cipa e qual é o seu objetivo? 18 May 2022, 8:29 am

No Brasil são registrados em média 1.159 acidentes de trabalho por dia. Segurança no trabalho não é uma teoria, mas uma prática que pode salvar vidas. Mas é muito difícil lidar com a segurança do trabalho sem o envolvimento dos trabalhadores.

Você sabia que existe uma comissão interna de prevenção de acidentes que pode atuar dentro da empresa? A CIPA é uma ferramenta de promoção da saúde do trabalhador. Saiba o que significa CIPA e qual o seu objetivo dentro de uma organização.

REUNIAO NA EMPRESA

 

O que significa CIPA 

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a CIPA, é um grupo que trabalha para a prevenção de acidentes no trabalho, promovendo um ambiente de saúde para o trabalhador. 

O grupo é formado por colaboradores e representantes do empregador. Isso ajuda a estabelecer uma ponte entre a realidade diária dos funcionários e os dirigentes da empresa. 

A ideia da CIPA surgiu na segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial. Com as novas tecnologias das máquinas, as condições de trabalho ficaram mais precárias. Os trabalhadores chegavam a trabalhar até às 18 horas por dia e não tinha nenhum tipo de direito trabalhista. 

Em 1921, a Organização Internacional do Trabalho – OIT aprovou a criação de comitês de segurança para as indústrias que tinham pelo menos 25 funcionários. No Brasil, a CIPA foi criada em 1944, e deu o pontapé inicial para a Segurança do Trabalho no Brasil. 

Aprovada em 1978 pelo Ministério do Trabalho, a NR 5 é a norma regulamentadora que estabelece as diretrizes necessárias para a formação da CIPA nas empresas.

A CIPA deve trabalhar para criar uma parceria entre os colaboradores e empregadores, formando um ambiente de conscientização em segurança do trabalho. Além disso, a comissão é responsável por identificar os riscos do ambiente e solicitar medidas para melhorar as condições de trabalho 

Como funciona a CIPA e o que ela deve fazer ?

A CIPA é composta por representantes do empregador e dos colaboradores. O responsável pela empresa deve indicar o representante do empregador. Já os representantes dos trabalhadores são eleitos com eleição aberta a toda empresa. 

Todos os integrantes da CIPA precisam ser treinados antes de assumir o cargo. Após eleição, o mandato dura um ano, e todos têm garantia de emprego durante esse período. 

 A NR5 estabelece todos os parâmetros das eleições e do funcionamento interno dela. 

Toda empresa precisa de CIPA?

Empresas públicas, privadas, sociedades de economia mista, órgãos de administração direta a indireta, cooperativas, instituições beneficentes e associações, e qualquer organização que admitam empregados, têm a obrigatoriedade de formar uma CIPA. 

Como deve ser feito o dimensionamento da CIPA?

Para saber a quantidade de membros que a CIPA da sua empresa deve ter você precisa: 

  1. Saber o tipo do setor econômico que a empresa faz parte
  2. Saber o número de Classificação Nacional de Atividade Econômica -CNAE, 
  3. Consultar o Grau de Risco da empresa na NR-4

Quadro I
(Alterado pela Portaria SIT nº 76, de 21 de novembro de 2008)
Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE (Versão 2.0)*, com correspondente Grau de Risco – GR para fins de dimensionamento do SESMT

Planilha de Grau de Risco

É a partir do Grau de Risco da empresa que você vai saber o tamanho da CIPA, e também a carga horária do treinamento.

Consultar o Quadro I da NR 5 e identificar quantos membros a CIPA da sua empresa deve ter:

Quadro I – Dimensionamento da Cipa (Por Grau de Risco)

Dimensionamento-Cipa-Grau-de-Risco-1

 

Dimensionamento-Cipa-Grau-de-Risco-2

 

Dimensionamento-Cipa-Grau-de-Risco-3

 

Dimensionamento-Cipa-Grau-de-Risco-4

Um exemplo: Se sua empresa pertence ao setor de Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura (Grau de Risco 3), e tem 130 funcionários, sua CIPA precisa ter 3 membros efetivos e 2 suplentes. 

Como devem ser as reuniões? 

As reuniões da CIPA devem ser mensais, de acordo com o calendário preestabelecido, dentro do horário de expediente. Todas as reuniões precisam ter atas assinadas pelos membros presentes, e disponibilizadas a todos os integrantes da CIPA. 

Reuniões extraordinárias devem acontecer caso algum acidente grave de trabalho aconteça. 

NR 5 e atribuições da CIPA 

A CIPA não pode funcionar de qualquer forma. A NR5 determina as atribuições da CIPA, da organização, e do Presidente. 

O que a CIPA deve fazer?

  • Acompanhar a identificação e avaliação dos riscos e das medidas de prevenção implementadas pela empresa 
  • Registrar, por meio do mapa de risco, a percepção que os trabalhadores têm dos riscos que estão expostos
  • Verificar as condições de trabalho identificando as situações de risco
  • Elaborar plano de trabalho com ações preventivas em segurança do trabalho 
  • Acompanhar a análise dos acidentes de trabalho e as medidas para a solução dos problemas. 
  • Promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT, de acordo com a programação estabelecida pela CIPA. 

Como devem ser as eleições da CIPA?

votação cipa

O presidente e vice-presidente compõem a comissão eleitoral da CIPA. A comissão tem o prazo mínimo de 45 dias para publicar e divulgar o edital das eleições. Os colaboradores que desejarem participar da CIPA têm 15 dias para fazer a inscrição. Todos os colaboradores podem se inscrever para as eleições, e ela deve ser realizada em um dia normal de trabalho. 

Na apuração dos votos, que também é realizada no horário do expediente, um representante do empregador e um representante dos colaboradores devem acompanhá-lo. A NR5 estabelece todos os pontos necessários para a organização da CIPA. É importante que o empregador siga com atenção todas as suas disposições. 

Por que é a CIPA é importante para a sua empresa 

O investimento em medidas de controle e prevenção dos riscos, além de ser obrigatório, é o meio mais eficaz de promover uma cultura de segurança do trabalho em uma organização. 

A CIPA é uma forma de direcionar e fiscalizar as ações de segurança do trabalho em uma organização. A comissão pode oferecer relatórios importantes para que os treinamentos e diálogos de segurança alcancem maior efetividade. 

Tendo os riscos atenuados, os custos com os acidentes de trabalho diminuem. Dessa forma, os gastos podem ser redirecionados. Além disso, um ambiente de trabalho seguro ajuda na produtividade e bem estar dos colaboradores.

Agora que você sabe o que significa Cipa, como funciona, o dimensionamento é hora de realizar a implementação ou correção da sua equipe conforme a norma.

 

O que é suspensão inerte NR 35: Características e Sintomas 16 May 2022, 9:30 am

Você sabia que mesmo usando dispositivo de segurança no trabalho em altura você ainda corre risco de vida? Usar o EPI adequado para o trabalho em altura é proteger sua integridade física. O cinto, por exemplo, retém a queda e te deixa suspenso, sem cair no chão. Mas ao ficar suspenso seu corpo começa a entrar em um processo de Síndrome de Suspensão Inerte (SSI). Você sabe o que é suspensão inerte? 

Acompanhe o artigo até o fim e aprenda a identificar os sintomas e características.

homem-de-visao-traseira-com-equipamento-de-seguranca

 

 

O que é síndrome da suspensão inerte?

O Sistema de Proteção Individual Contra Queda é a última medida de controle para o trabalho em altura. O cinto de segurança tipo paraquedista, a ancoragem, e o elemento de ligação, dão ao trabalhador a segurança de, em caso de queda, não fique estirado no chão. Isso porque o cinto retém a queda no momento que ela acontece.

Suspenso no ar, o trabalhador não consegue se movimentar. Além disso, a pressão das fitas do Cinto contra o corpo do trabalhador interfere seriamente no sistema circulatório. Em poucos minutos ele pode vir a óbito. 

Desde a década de 70 essa síndrome vem sendo avaliada por médicos e pesquisadores. O caso veio à discussão a partir de um relatório austríaco sobre a morte de 10 alpinistas, que ficaram suspensos entre 30 minutos e 8 horas por uma corda. 

Mais tarde, outros estudos apontaram que os membros inferiores são responsáveis por 20% do volume circulatório. Em uma suspensão inerte, o volume de sangue que deveria circular fica retido. Esse quadro pode levar a pessoa rapidamente a inconsciência. 

Além disso, o estrangulamento que as fitas causam pode provocar inchaço e liberar toxinas que levam à trombose venosa, insuficiência renal e embolia pulmonar. Isso acontece porque o sistema circulatório entra em colapso. 

Quais os sintomas da síndrome 

  • Palpitações
  • Tontura
  • Dor de cabeça
  • Náusea
  • Perda de visão 
  • Suor
  • Dormência nas pernas
  • Hipotermia 
  • Desmaio

 

A progressão dos sintomas pode levar o trabalhador a morte entre 5 a 8 minutos. Mas cada organismo responde de uma forma diferente. A partir dos 5 minutos de suspensão os primeiros sintomas começam a aparecer. As condições físicas do trabalhador também podem interferir no tempo e nos danos da síndrome. 

Infelizmente, ainda não temos EPIs que impeçam que a síndrome aconteça. 

A importância dos primeiros socorros no resgate a vítima suspensa

Todo trabalho em altura deve ser regulamentado pela norma regulamentadora NR35. 40% dos acidentes de trabalho no Brasil tem relação com queda. Estar exposto a um risco tão sério exige um planejamento sistemático. Foi pensando nisso que o Ministério do Trabalho aprovou a NR35 em março de 2012.

A norma define o trabalho em altura como todo trabalho feito acima de dois metros da base, e que tenha risco de queda. O objetivo é estabelecer as condições mínimas para que o trabalho em altura seja feito com segurança. Para isso, a norma orienta um planejamento antes de começar qualquer atividade. 

A análise de risco é a ferramenta que a norma estabelece para identificar os possíveis riscos e organizar as medidas de prevenção e correção. Dentro dessas medidas, organizar um procedimento para resposta à emergência é a solução para reduzir o tempo de suspensão inerte. Dessa forma, o trabalhador não fica tanto tempo exposto aos sintomas da síndrome.

estrutura para trabalho em altura

 

Mas ter agilidade e rapidez no socorro não depende apenas de força de vontade. Todo procedimento em resposta às emergências do trabalho em altura deve ser feito com treinamento e capacitação. 

A norma determina que o conteúdo programático do treinamento NR35 tenha um tópico para os procedimentos em situações de emergência, resgate e primeiros socorros. 

O treinamento deve durar, no mínimo, 8 horas, sob a supervisão técnica de um profissional habilitado em segurança do trabalho. No curso também o colaborador conhece as exigências legais, medidas de prevenção e correção de riscos, e o uso dos Equipamentos de Proteção Individual.

 

Como resgatar uma vítima da síndrome de suspensão inerte?

Primeiros socorros NR 35

 

Os primeiros 10 minutos são cruciais para a sobrevivência da vítima de suspensão inerte. Se o auto resgate não for possível, o primeiro passo é acionar a equipe de resgate. 

A NR 35 determina que toda empresa que tenha atividades em altura deve ter uma equipe preparada para o resgate rápido. Além de assegurar os recursos necessários para que a equipe faça o resgate. 

 

Quais os principais procedimentos de resgate? 

  • Desfaça as tiras do cinto
  • Massageie as pernas para bombear o sangue e diminuir a retenção venosa
  • Posicione a vítima deitada de barriga para cima 
  • Em caso de lesão, use a prancha de resgate ou colar cervical
  • Caso a vítima esteja inconsciente, faça uma abertura nas vias respiratórias
  • Verifique os sinais vitais 

Todos esses procedimentos devem fazer parte do Programa de Gerenciamento de Riscos; um conjunto de instruções técnicas com o objetivo de avaliar os riscos do ambiente de trabalho e tomar medidas de prevenção. Planejar as ações é o caminho para um trabalho seguro.

Primeiros socorros NR 35: saiba o que fazer 13 May 2022, 1:16 pm

O que você faz nos 6 primeiros minutos após um acidente em altura pode salvar uma vida! Se o acidentado for socorrido da maneira certa, suas chances de sobrevivência aumentam. Os primeiros socorros Nr 35 (trabalho em altura) são os procedimentos que antecedem a chegada de um atendimento profissional. 

Você sabe o que fazer se um colega de trabalho se acidentar em altura? A vida dele pode depender disso. 

Riscos do trabalho em altura

Se você trabalha em altura conhece de perto a tensão diária de estar exposto ao risco da queda. No Brasil, 40% dos acidentes de trabalho tem relação com queda, de acordo com o Ministério do Trabalho

Por um descuido, andando sobre um andaime, por exemplo, você pode ter consequências fatais. 

“Mas eu sou um profissional experiente. Trabalho em altura há muitos anos. “ 

Mesmo com toda a cautela e experiência, trabalhar em altura sem medidas de prevenção feitas a partir de um mapeamento dos riscos, ainda te coloca em perigo.

Além da queda, você também pode estar exposto a outros riscos ambientais, que dependem das condições do local e particularidades da atividade. 

Existem muitos tipos de trabalho em altura: pinturas de fachadas, construção civil, montagem e desmontagem de estruturas, limpeza de caixas d’água, entre outros. 

Para identificar os riscos é preciso aplicar uma avaliação que considere os perigos específicos da atividade. É a partir dessa avaliação que você pode considerar as medidas de prevenção necessárias. 

Alguns riscos típicos do trabalho em altura são:

  • Queda
  • Ser atingido por objetos e materiais em queda
  • Choque elétrico (quando associado à exposição a energia elétrica)
  • Riscos adicionais: clima (frio, calor, ventos ou chuvas) e animais peçonhentos 

Primeiros socorros NR35

Os primeiros socorros são os primeiros cuidados que a vítima recebe antes da assistência médica chegar. Ele não pode ser feito por qualquer pessoa. 

Os procedimentos envolvem conhecimentos técnicos específicos, por isso, o treinamento também é uma medida de prevenção. 

A NR35 determina que todas as atividades em altura superior a 2 metros da base devem ser planejadas e adequadas a medidas que eliminem os riscos de queda. Mas, caso a queda aconteça, a norma orienta que sejam feitos procedimentos de primeiros socorros. 

Os primeiros socorros NR 35 não resolvem todo o problema, mas permite que o estado da vítima seja controlado. O principal objetivo é minimizar a piora do quadro e manter os sinais vitais. Além disso, o socorro traz calma e segurança para a vítima. 

As medidas de primeiros socorros Nr 35 (trabalho em altura) precisam ser tomadas imediatamente. No trabalho em altura, o sistema de proteção de quedas protege do impacto direto com o solo. O trabalhador fica suspenso e inerte em um cinto de segurança. Mas em alguns minutos o quadro da vítima pode piorar. 

A análise de risco do trabalho em altura deve considerar as situações de emergência e planejar as medidas de primeiros socorros e resgate. O ideal é que o resgate aconteça em tempo inferior a 6 minutos. 

O que você precisa para realizar um salvamento em altura ?

Primeiramente, para socorrer uma vítima de acidente em altura você precisa de treinamento. Todos os procedimentos de primeiros socorros NR 35 dependem de conhecimentos técnicos. A vítima já estará em uma condição delicada, qualquer medida inadequada pode piorar o quadro de saúde dela. 

O treinamento NR35 também ensina como se deve agir em situações de emergência, incluindo técnicas de resgate e primeiros socorros NR 35. 

De acordo com a norma, o empregador deve disponibilizar uma equipe pronta para responder às emergências do trabalho em altura. Além disso, precisa assegurar os recursos necessários para que essa equipe trabalhe. 

Em segundo lugar, para realizar um procedimento de primeiros socorros NR 35 em altura, é necessário controle emocional. Manter a calma e conseguir controlar a situação com convicção do que está fazendo, é essencial para não agravar a situação.  

5 passos para Primeiros socorros NR 35 (vítima no trabalho em altura)

  • Avalie o local do acidente

Ao chegar no local do acidente, tente agir de forma rápida e segura. Mantenha os curiosos afastados para evitar confusão, e recolha todas as informações possíveis sobre o que aconteceu. 

Observe se o local ainda oferece riscos para a vítima, e para quem estiver por perto. Tem algum fio desencapado? Algum veículo trafegando por perto?  Alguma máquina funcionando?

 Fique atento! Desligue a corrente elétrica se for preciso e afaste as pessoas desprotegidas. 

  • Isole e sinalize o local para evitar aglomerações

Manter a tranquilidade no ambiente vai te ajudar a fazer todos os procedimentos        com maior assertividade. Além disso, é importante proteger a vítima.

  • Peça ajuda aos serviços de emergência 

Você deve agir apenas até onde seu conhecimento e técnica de atendimento alcança. Os primeiros socorros são atendimentos iniciais, por isso é importante entrar em contato com os serviços de emergência assim que identificar o que aconteceu no local. 

Passe as informações com calma e clareza e aguarde as instruções. 

  • Avalie o estado da vítima 

 Faça uma observação rápida e sistemática das condições físicas da vítima, observando as seguintes características:

  • O estado de consciência: A vítima responde quando você chama ¿
  • Respiração: observe se o peito e o abdômen da vítima fazem movimentos de entrada e saída de ar. Observe também a entrada e saída de ar da boca e narinas. 
  • Hemorragia: A vítima está perdendo sangue? Qual o volume e a qualidade do sangue?
  • Temperatura do corpo 

Se a vítima estiver consciente, pergunte qual parte do corpo dói, e se ela consegue se mover de alguma forma. Você também pode testar o reflexo e a consciência por toque ou estímulos mais fortes, como beliscões. 

Se mesmo assim a vítima não responder, é possível que ela esteja em Parada Cardiopulmonar. Você deve iniciar imediatamente a Reanimação Cardiopulmonar (RCP). 

Primeiros socorros NR 35 para vítima de suspensão inerte

Você já ouviu falar em suspensão inerte? Todo trabalho em altura deve ser feito com o uso de Equipamentos de Proteção Individual. O principal objetivo dos equipamentos usados no trabalho em altura é evitar a queda. Mas ela não é o único risco que o trabalhador corre. 

O uso do cinto de segurança tipo Paraquedista evita que o trabalhador chegue ao chão em caso de queda. Mas se ele ficar suspenso por muito tempo, o cinto pode comprimir o fluxo sanguíneo e comprometer o sistema circulatório. A síndrome de suspensão inerte é o nome que damos ao trauma que o trabalhador pode sofrer se ficar suspenso por muito tempo. 

A vítima pode apresentar sintomas como:

  • Tontura;
  • Náusea;
  • Dor de cabeça;
  • Perda de visão; 
  • Dormência nas perdas;
  • Desmaio;
  • Palpitações;

Alguns traumas podem ser irreversíveis. 

Não existe um tempo fixo para o aparecimento dos sintomas. Cada corpo pode reagir de um jeito. Mas em média, a partir de 5 minutos eles podem progredir rapidamente. Por isso, o resgate deve ser rápido.

Se você identificar os sintomas da síndrome de suspensão inerte, os 10 primeiros minutos de primeiros socorros é crucial. 

Você deve: 

  • Desenrolar as tiras do cinto de segurança
  • Bombear as pernas para diminuir a aglomeração de sangue no local
  • Posicionar a vítima deitada de barriga pra cima 
  • Se houver alguma lesão na coluna, usar a prancha de resgate ou colar cervical
  • Se a vítima estiver inconsciente, abrir as vias respiratórias
  • Observar os sinais vitais, e se necessário, fazer reanimação cardíaca 

Uma análise preliminar de risco é essencial para administrar as estratégias de resgate e salvamento. Acompanhe esse artigo que vai te mostrar tudo sobre Análise Preliminar de Risco.  

Page processed in 5.632 seconds.

Powered by SimplePie 1.3.1, Build 20121030175403. Run the SimplePie Compatibility Test. SimplePie is © 2004–2024, Ryan Parman and Geoffrey Sneddon, and licensed under the BSD License.